O que é esfíncter esofágico superior?
O esfíncter esofágico superior é uma estrutura muscular localizada na parte superior do esôfago, que atua como uma válvula para controlar o fluxo de alimentos e líquidos entre o esôfago e o estômago. Também conhecido como esfíncter cricofaríngeo, ele desempenha um papel fundamental no processo de deglutição, permitindo que o alimento passe do esôfago para o estômago e evitando que o conteúdo ácido do estômago retorne para o esôfago.
Este músculo circular é responsável por manter a passagem entre o esôfago e o estômago fechada quando não há ingestão de alimentos, evitando assim o refluxo gastroesofágico. Quando ocorre a deglutição, o esfíncter esofágico superior relaxa para permitir a passagem do alimento, e em seguida se contrai novamente para evitar o refluxo.
Como funciona o esfíncter esofágico superior?
O esfíncter esofágico superior é composto por fibras musculares lisas e estriadas, que são controladas pelo sistema nervoso autônomo. O relaxamento e a contração do esfíncter são regulados por uma série de fatores, incluindo a pressão intraluminal do esôfago, a presença de alimentos no esôfago e a ação de neurotransmissores como a acetilcolina.
Quando não há ingestão de alimentos, o esfíncter esofágico superior permanece contraído, mantendo a passagem entre o esôfago e o estômago fechada. Isso impede que o conteúdo ácido do estômago reflua para o esôfago, causando azia e outros sintomas de refluxo gastroesofágico.
No entanto, quando ocorre a deglutição, o esfíncter esofágico superior relaxa, permitindo que o alimento passe do esôfago para o estômago. Esse relaxamento é mediado pela ação de neurotransmissores que estimulam a abertura do esfíncter, como a acetilcolina. Após a passagem do alimento, o esfíncter se contrai novamente, fechando a passagem e evitando o refluxo.
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Disfunções do esfíncter esofágico superior
Algumas condições podem levar a disfunções do esfíncter esofágico superior, comprometendo sua capacidade de controlar o fluxo de alimentos e líquidos entre o esôfago e o estômago. Entre as principais disfunções estão:
Acalasia
A acalasia é uma doença rara que afeta o esfíncter esofágico superior, resultando em dificuldade de deglutição e regurgitação de alimentos. Nessa condição, o esfíncter não relaxa adequadamente durante a deglutição, causando a obstrução do esôfago e o acúmulo de alimentos.
Refluxo gastroesofágico
O refluxo gastroesofágico ocorre quando o conteúdo ácido do estômago retorna para o esôfago, causando sintomas como azia, regurgitação e dor no peito. Embora o esfíncter esofágico superior desempenhe um papel importante na prevenção do refluxo, algumas condições, como hérnia de hiato, podem enfraquecer essa barreira e permitir o refluxo.
Transtornos neuromusculares
Transtornos neuromusculares, como a doença de Parkinson e a esclerose lateral amiotrófica, podem afetar o funcionamento do esfíncter esofágico superior, resultando em disfagia (dificuldade de deglutição) e outros problemas relacionados à função do esôfago.
Tratamento para disfunções do esfíncter esofágico superior
O tratamento para disfunções do esfíncter esofágico superior depende da causa subjacente e dos sintomas apresentados pelo paciente. Em casos de acalasia, por exemplo, pode ser necessário realizar uma dilatação do esôfago ou uma cirurgia para aliviar a obstrução e melhorar a deglutição.
No caso do refluxo gastroesofágico, o tratamento pode envolver mudanças no estilo de vida, como evitar alimentos que desencadeiam o refluxo e elevar a cabeceira da cama durante o sono. Em casos mais graves, podem ser prescritos medicamentos para reduzir a produção de ácido no estômago ou cirurgias para fortalecer o esfíncter e prevenir o refluxo.
Conclusão
O esfíncter esofágico superior desempenha um papel fundamental no processo de deglutição e na prevenção do refluxo gastroesofágico. É uma estrutura muscular que atua como uma válvula, controlando o fluxo de alimentos e líquidos entre o esôfago e o estômago. Disfunções nesse esfíncter podem levar a problemas como dificuldade de deglutição e refluxo. O tratamento para essas disfunções depende da causa subjacente e dos sintomas apresentados pelo paciente, podendo envolver desde mudanças no estilo de vida até cirurgias.
